Censo Demográfico Revela Desigualdade no Acesso à Educação

Businesswoman in black blazer and white shirt holds eyeglasses, sitting at a desk with books.

Brasília – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (25) os dados completos do Censo Demográfico 2025, revelando um quadro preocupante de desigualdade no acesso à educação no país. Os números indicam que, embora tenha havido avanços significativos nas últimas décadas, persistentes disparidades regionais comprometem o futuro de milhões de brasileiros.

Disparidades Regionais Alarmantes

O Censo 2025 aponta que a taxa de analfabetismo funcional, que mede a incapacidade de interpretar textos simples e realizar operações matemáticas básicas, ainda é elevada em regiões como o Norte e o Nordeste do país. Em estados como o Maranhão e o Piauí, a taxa ultrapassa os 20%, enquanto em estados do Sul e Sudeste, como Santa Catarina e São Paulo, fica abaixo dos 8%.

  • Norte e Nordeste: Maior índice de analfabetismo funcional e menor escolaridade média.
  • Sul e Sudeste: Maior escolaridade média e melhor acesso a instituições de ensino superior.
  • Centro-Oeste: Indicadores intermediários, com desafios específicos em áreas rurais e indígenas.

Além disso, o acesso à educação superior também apresenta fortes desigualdades. Enquanto nas capitais do Sul e Sudeste a proporção de jovens entre 18 e 24 anos matriculados em universidades e faculdades supera os 40%, em cidades do interior do Norte e Nordeste esse percentual mal chega aos 15%.

Impacto nas Políticas Públicas

Os dados do Censo 2025 devem servir de base para a formulação de novas políticas públicas e a revisão de programas existentes. Especialistas defendem a necessidade de investimentos direcionados para as regiões mais vulneráveis, com foco na melhoria da qualidade do ensino básico e na ampliação do acesso à educação profissional e superior.

“O Censo nos fornece um retrato preciso da realidade brasileira e nos alerta para a urgência de combater as desigualdades educacionais”, afirma a ministra da Educação, Ana Paula Silva. “Estamos trabalhando em conjunto com os estados e municípios para implementar ações que promovam a equidade e garantam o direito à educação para todos os brasileiros.”

Entre as medidas em estudo estão a expansão do programa de escolas em tempo integral, o fortalecimento da formação de professores e a criação de novas universidades e institutos federais em regiões com baixa oferta de ensino superior. O governo também pretende ampliar os programas de bolsas de estudo e financiamento estudantil, a fim de facilitar o acesso à universidade para jovens de baixa renda.

Repercussão na Sociedade

Os resultados do Censo 2025 geraram ampla repercussão na sociedade. Organizações da sociedade civil e movimentos sociais cobram medidas urgentes para enfrentar as desigualdades educacionais. A expectativa é que o debate sobre o tema se intensifique nos próximos meses, com a realização de audiências públicas, seminários e congressos.

“A educação é a chave para o desenvolvimento do país e a superação da pobreza”, destaca o sociólogo Ricardo Oliveira. “Precisamos investir em educação de qualidade para todos, independentemente de sua origem social ou região de moradia.”

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