Ilhas de Calor Urbanas Ameaçam Saúde em São Paulo

Sunlit tiled subway station interior in São Paulo with a red fire cabinet.

São Paulo, 6 de setembro de 2025 – Um novo estudo divulgado nesta sexta-feira aponta para o agravamento dos efeitos das ilhas de calor urbanas na cidade de São Paulo, com sérias implicações para a saúde pública. A pesquisa, realizada por um consórcio de universidades e institutos de pesquisa, demonstra uma correlação direta entre o aumento das temperaturas em áreas densamente urbanizadas e o crescimento de internações por doenças respiratórias e cardiovasculares, especialmente entre idosos e crianças.

O que são Ilhas de Calor?

Ilhas de calor são áreas urbanas que apresentam temperaturas significativamente mais altas do que as áreas rurais circundantes. Esse fenômeno é causado pela concentração de concreto, asfalto, falta de vegetação e emissão de calor por veículos e indústrias. Em São Paulo, a situação é particularmente crítica em bairros como a região central, Mooca e Lapa.

Impacto na Saúde

O estudo revelou que, durante os meses de verão, as temperaturas nas ilhas de calor podem ser até 7°C mais altas do que em áreas com maior cobertura vegetal. Esse aumento de temperatura provoca:

  • Aumento da poluição do ar, agravando problemas respiratórios como asma e bronquite.
  • Elevação do risco de desidratação e insolação, especialmente em idosos e crianças.
  • Estresse térmico, que pode levar a problemas cardiovasculares como infarto e AVC.
  • Proliferação de mosquitos transmissores de doenças como dengue e zika.

Medidas Urgentes Necessárias

Os pesquisadores alertam para a necessidade urgente de implementação de políticas públicas para mitigar os efeitos das ilhas de calor. Entre as medidas propostas estão:

  • Expansão de áreas verdes e parques urbanos.
  • Incentivo ao uso de telhados verdes e fachadas vegetais.
  • Promoção do uso de materiais de construção que reflitam mais luz solar.
  • Criação de corredores de vento para melhorar a circulação do ar.
  • Campanhas de conscientização sobre os riscos do calor excessivo e medidas de prevenção.

“A saúde da população paulistana está diretamente ligada à qualidade do ambiente urbano. Ignorar o problema das ilhas de calor é colocar em risco a vida de milhares de pessoas”, afirma a Dra. Ana Paula Silva, coordenadora do estudo.

A prefeitura de São Paulo informou que está analisando os resultados da pesquisa e que pretende implementar medidas para combater as ilhas de calor nos próximos anos. No entanto, especialistas alertam que a implementação dessas medidas deve ser rápida e abrangente para evitar um agravamento da situação.

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