Inflação da Cesta Básica Acelera em Agosto e Preocupa Famílias

A inflação da cesta básica registrou uma aceleração em agosto, impactando diretamente o poder de compra das famílias brasileiras, especialmente aquelas de baixa renda. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Pesquisas Econômicas (IBRE), o conjunto de alimentos essenciais ficou, em média, 1,2% mais caro no mês, acima da inflação geral do período, que foi de 0,8%.

Principais Vilões da Inflação Alimentar

Os principais responsáveis pelo aumento foram o feijão, o arroz e as frutas da estação, cujos preços foram impactados por fatores climáticos e pela entressafra. A alta do dólar também contribuiu para encarecer produtos importados, como o trigo, essencial para a produção de pão e massas.

• Feijão: A quebra da safra em algumas regiões produtoras, devido a chuvas excessivas, elevou os preços em até 15%.
• Arroz: A demanda aquecida e a redução da área plantada influenciaram a alta, com variações de até 10%.
• Frutas: As frutas da estação, como a banana e a laranja, apresentaram alta sazonal, com aumentos de até 8%.

Impacto no Orçamento Familiar

O aumento da cesta básica pesa no bolso dos consumidores, especialmente para famílias de baixa renda, que já comprometem grande parte de seus rendimentos com a compra de alimentos. A situação exige maior planejamento financeiro e a busca por alternativas mais acessíveis, como a substituição de produtos e a pesquisa de preços em diferentes estabelecimentos.

Regiões Mais Afetadas

O levantamento do IBRE apontou que as regiões Nordeste e Norte foram as mais afetadas pela alta da cesta básica, com aumentos superiores à média nacional. A menor disponibilidade de produtos locais e a maior dependência de alimentos vindos de outras regiões contribuíram para o cenário.

Especialistas recomendam que os consumidores fiquem atentos às promoções e busquem alternativas mais baratas para compor a cesta básica, além de priorizar o consumo de alimentos da época, que geralmente apresentam preços mais acessíveis.